segunda-feira, 7 de março de 2011

Sobre o Quiling


VOCÊ CONHECE A ARTE DO QULLING?

Acredita-se que o Quilling deva existir há pelo menos quinhentos anos. Existem registros de trabalho com Quilling datados do Século XVIII e XIX, nas ordens religiosas européias. O Quilling era considerado um hobby que preenchia o tempo de senhoras, que utilizavam penas como ferramenta de Quilling, para enrolar o papel. A arte consiste em enrolar pequenas tiras de papel formando diversos desenhos.

Também conhecido como Filigrana de Papel, é bem provável que o Quiling fora inspirado nos Filigranas de Metal. Por isso, no início as peças produzidas em Quilling eram feitas em dourado e os principais objetos decorados eram cestas, potes de chá, bandejas, móveis, porta-retratos e braceletes. Veja esta bandeija feita com a arte do Quiling em metal:



As filigranas são autenticas obras de arte concebidas por meio de um entrelaçamento de delicados fios de ouro e prata. Os ourives empregam como utensílios de trabalho, um alicate para moldar os fios, uma tesoura para cortá-los, um martelo que os ajusta para que, finalmente, se unam com um maçarico. Assim, com minúcia e agilidade criam verdadeiras jóias rendilhadas.

 

A palavra filigrana deriva do latim Filumm que significa fio e Granum, que quer dizer grão. Uma tradução literal nos levaria a concluir que se trata de um fio granulado. Esta definição surge pela aparência granulada que pode apresentar a superfície de algumas peças clássicas, já que os fios de metal vão envolvendo-se para serem acomodados na área que se deseja trabalhar.

Esta técnica é muito antiga (data pelo menos, do século VIII) e de distante procedência - China e extremo oriente. Desenvolveu-se posteriormente na Espanha e em Portugal, sendo trazida para a América através dos colonizadores.

Quilling cruzou o oceano, indo da Inglaterra para os EUA, onde era ensinado em escolas de bordado. Por alguma razão, o Quilling caiu na obscuridade no final de 1800 e não voltou à tona até o meio do século XX. Felizmente, assim como outros tipos de artesanato, o Quilling ressurgiu com materiais mais modernos, entre eles O PAPEL. Assim como um pintor possui dua paleta de cores, as obras são feitas com pequenas tiras de papel, como podemos observar na imagem abaixo.

Para fazer esta arte, algumas ferramentas são necessárias:gabarito de circulo, franzidor de tirinhas, furadores, pinças para enrolar...

E para quem não quer comprar as tiras é possível fazê-las com uma fragmentadora de papel. Sabe aquelas tirinhas de papel que fragmentamos para jogar fora no escritório, pois é, elas podem se tranformar numa bela peça de arte. Fragmentado papéis coloridos é possível obter diferentes tons.
 
Um representante dessa Arte aqui no Ceará é o artista plástico Miguel Jaime Guiter, nascido em 1935 na província argentina de Entre Rios. (Foto do Artista abaixo)

 
É um artesão por excelência. Desde criança, já se dedicava à realização de composições artísticas, criando imagens elaboradas com a colagem de selos. No fim da década de sessenta muda-se para o Rio de janeiro e no início dos anos setenta, começou com a atividade gráfica. Em 1988 chega a Fortaleza onde instala a gráfica OCHO referência na comercialização de produtos gráficos. 
 
Encontramos este artista por acaso, pois estamos fazendo o cartão de visitas do Ateliê na OCHO, e gostamos muito do trabalho.
 
 Guiter - Gatos (Reprodução de Aldemir Martins usando Quilling)



                               Guiter - OBAMA (Obra usando Quilling)

                                                                              

 Fonte de consulta:
Museo della filigrana Pietro Carlo Bosio /Genova
Le filigrane degli archivi genoves-i
Nur on line – artegianato – I Gioielli
Colectividade Peruana – www.colectividadeperuana.com
Club Telepolis Mompox Bolívar – Comunidade Boliviana

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