segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Viagem à Paris

    Esse mês, o blog será dedicado à Paris, cidade a qual estou visitando e estudando!
   

    Vamos começar com uma breve história do local:

    Paris foi provavelmente fundada pelos Gauleses, que criaram um pequeno centro urbano na margem esquerda do rio Sena. Com o nome de Lutécia, a cidade foi recordada por Júlio César, que aqui chegou em 53 a.C. Devido às continuas ameaças de invasões bárbaras, este primeiro núcleo transferiu-se para a Île-de-la-Citê, e a partir daí foi-se expandindo de forma contínua nas margens do rio. Residencia dos reis merovíngios inicialmente e dos carolíngios depois, em 987 Paris transformou-se na verdadeira capital, quando Ugo Capeto fundou uma nova e potente dinastia. Entre 1180 e 1223, Paris viveu um dos seus momentos de maior esplendor, com a subida ao trono de Filipe II Augusto. Teve inicio a construção do Louvre e foi fundada a Universidade. No reinado de Luis IX “o Santo” (1226-1270) construiu-se a Sainte-Chapelle e deu-se continuidade aos trabalhos da Notre-Dame. A Dinastia seguinte, a dos Valois, trouxe pelo contrário lutos e guerras, desordens e discórdias civis a Paris.

Mapa Paris Medieval

     Ainda que Carlos V tenha restabelecido momentaneamente a ordem, as lutas dos Armanhaques e Borguinhões prosseguiram cada vez mais violetas, às quais se seguiu a ocupação da Inglaterra, com a coroação de Henrique VI como rei da França (1430).

    Em 1437 Carlos VII retomou Paris, mas a população encontrava-se ainda arrasada pelas revoltas sangrentas e pelas epidemias de peste. Mesmo depois de os reis terem preferido, durante todo o Século de Quinhentos, fixar residência nos castelos do Loire ao lugar da cidade, as discórdias que dividiam Paris não desaram.

    A difusão do movimento protestante esteve na origem das Guerras de Religião que dilaceraram Paris e toda a França por longo tempo, acabando por culminar com o massacre dos Huguenotes na célebre noite de São Bartolomeu (24 de agosto de 1572).

    Após o assassínio de Henrique III (em 1589), a cidade foi assediada por quatro longos anos ate abrir as portas a Henrique IV, convertido ao catolicismo. Em Paris, no inicio do século XVII, moravam pelo menos cerca de trezentas mil pessoas. A cidade assumiu uma importância cada vez maior na época do poderoso cardeal Richelieu e durante a nova dinastia dos Borbons; no reinado de Luís XIV, o Rei Sol, a cidade contava já com meio milhão de habitantes. No entanto, Paris conquistou o seu lugar na Historia a partir de 1789, altura em que teve inicio a Revolução que marcou o nascer do mundo moderno. Pode dizer-se que os longos anos de  terror, de perda de vidas humanas, de danos irreparáveis a obras de arte foram esquecidos com os novos e esplêndidos anos de Império, e com a faustosa corte de que Napoleão (coroado imperados em 1804) se rodeou.

    De 1804 a 1814 Paris embelezou-se cada vez mais; foi erguido o Arco de Triunfo, levantada a coluna Vendôme, ampliado o Louvre.
Arco de Triunfo

    Após a queda de outras monarquias, a de Carlos X e a de Luís Filipe de Borbom-Órleães, nasceu a Segunda Republica, tendo subido ao trono Napoleao III, que confiou o projeto de reestruturação urbanística da cidade ao barão Haussmann. Foram construídos os mercados de Les Halles, arranjados o Bois de Vincennes e o Bois de Boulogne, edificada a Opera, refeitos os grandes boulevards, típica expressa deste momento histórico peculiar.

Les Halles
     
     Em 1871, Paris vive uma nova pagina triste da sua historia: a Comuna (18 de março – 28 de maio). Muitos edifícios ricos de historia e de beleza foram destruídos naqueles dias de revolta e incêndios, de entre outros, o Hotel de Ville e o Palacio das Tulherias.

     Com o novo século, Paris conheceu novos momentos de esplendor: as Exposições Universais e Internacionais, a construção do Grand e do Petit Palais, o nascer de importantes movimentos na arte, pintura e literatura. Infelizmente outras duas guerras passaram pela cidade, que veio a sofrer bombardeios e destruições, tendo caído nas mãos do exercito alemão em 1940, para depois ser libertada pelos Aleados em 1944. A partir dai ate hoje, a cidade finalmente viva e livre, Paris conserva seu lugar na historia da cultura e da humanidade.

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