A torre de aço, concreto e vidro da televisão estatal chinesa deve finalmente ser inaugurada no ano novo, disse o arquiteto holandês Rem Koolhaas, cuja empresa é responsável pelo projeto.
Descrito pelo arquiteto chefe do projeto, Ole Scheeren, como "um laço dobrado no espaço", o arranha-céu é formado por duas torres que se inclinam uma em direção à outra e são unidas por uma estrutura que se assemelha a uma ponte e desafia a gravidade a 80 andares de altura.
Dominando o horizonte do distrito empresarial no centro de Pequim, o edifício foi um dos vários projetos que a cidade empreendeu para se reinventar para as Olimpíadas de 2008, ao lado do novo terminal de aeroporto, construído por Norman Foster ao custo de 3,6 bilhões de dólares, e do Grande Teatro Nacional, do arquiteto francês Paul Andreu. Mas as Olimpíadas passaram, e o prédio da televisão estatal não foi inaugurado por causa de um incêndio.
A torre de televisão divide a opinião pública. Alguns moradores de Pequim a descrevem como "aquelas ceroulas gigantes". Koolhaas, no entanto, acredita que o prédio vai acabar ganhando a adesão popular.
Um caminho que deve ficar aberto a visitantes acompanhará o contorno do edifício até a abóbada -- onde a projeção com piso de vidro vai proporcionar uma vista da cidade de uma altura espantosa de 160 metros --, descendo em seguida por meio da segunda torre.
A firma de Koolhaas trabalhando sobre outros projetos na China, incluindo o novo prédio da Bolsa de Valores de Shenzhen, mas o arquiteto disse que, idealmente, gostaria de participar da preservação de obras da arquitetura clássica dos primórdios da era comunista chinesa.
Pequim e a maioria das outras cidades chinesas ainda possuem vários exemplos dessas construções angulares, de estilo soviético, embora muitas tenham sido demolidas na corrida para a modernização. Outras estão abandonadas às moscas, sendo dilapidadas aos poucos, sem deixar saudades.
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